Eu vivo nos esgotos do mundo
no cheiro fétido e asqueroso
em charcos malignos. tenebrosos
sou espasmos do mal, sou imundo
Eu existo em cloacas impuras
geradas por vermes precitos
nas chagas abertas sem cura
em mares dos limbos malditos
São ratos que roem o universo
devorando todo sonho que mata
minha própria razão e o resto
são palavras de ouro e de prata
Embale-me em berço de sêmen
dê-me de beber o teu sangue
corte-me em partes pequenas
extirpa-me das faces do mundo