Faço poesia por inspiração.
Talvez uma inspiração difícil de absorver,
Mas fácil de sentir.
Pois olho a folha em branco,
Pensando belas coisas pra escrever,
Colorindo o papel.
Mas não é assim. A poesia vale
Mais que o tempo que fico a perder
Pensando em palavras belas de se ouvir.
Imagino o artista quando penso.
O artista, guardião da poesia
E representante da fidalguia divina,
Irreconhecido em meio à multidão,
Mas garrido na escuridão da alma.
Penso também no artista frívolo,
Que não demonstra o que traz no peito
E não possui respeito pelo ofício.
Isso me faz ver o mundo e pensar plenamente.
Reflito acerca das importâncias dadas ao vento
E o quão empobrecido está o sentimento.
Afinal, meu mundo é feito de reflexão.
Por isso, penso na vida e na paixão,
A inspiração vem pura, plácida.
E então, uma epifania. Um verso.
Um verso que mais parece lamento
E mostra que meu alento
Vem da poesia que me dá o renascimento.
*Poesia com a qual o autor ganhou o segundo lugar do II Concurso Literário da Academia Madureirense de Letras (Rio de Janeiro-RJ) na categoria Juvenil.