MADRI Republicação – Escrito em 25 de setembro de 2011. Amo tua língua com suas sonoridadesque me habitamque não me podem habitar. Amo as europas todasque me vivempor dentro de ti sem que eu as vivapor dentro de mim que as não posso viver. Amo o coração das tuas ruasque em mim pulsamque não me circulam que as não posso circular. Amo as ramificações dos teus sentidosde saber e de saborque não me sabem o sabor da bocao sabor dos mundosde mim tantostodostão perdidos mundos... cidades sobre cidadessoterradas sob mim. Madriquisera te saberquisera te sabor desde o ventre do Vazio desta bocaoca de ti quisera o gesto o gosto do teu beijoem mim o gesto o gosto do meu beijoem ti o gesto o gosto do nosso beijoem nós quiseraah, tanto eu te quiseraMadri.