LINHAS TRAÇADAS I Tenho as linhas traçadas... E na mão: o destino me impõe limites (é a lei da humanidade). Tão lépido é o grito do amor, e as folhas voam, do corredor ao fundo da casa e agora o lado abstrato do meu sentimento no topo do edifício se agarra. II Uma linha traçada por dentro e fora do barco que me navega. Ouço vozes e todos querem uma luz perfeita e clara e no trânsito das palavras ditas, o livro se materializa e explode em mil sabores. Ouço vozes... E todos requerem os versos do meu poema. III Uma parte de mim chama-se poesia e a outra se chama amor. Tão logo, o líquido do sandaloso chão se apascentar as partes ficarão iguais e voltearão os pulsos. E mais: as próprias substâncias alcançarem sombrio sustenido, algo de mim maturar-se-á no vale da alma. IV É verdade, o amor que vale... arde e machuca em mim. Cumpre-se - ventura-se e ocupa versos e rimas...Edição de imagens: ShirleyS Texto: Linhas Traçadas