VERSOS LIVRES PARA UMA MUSA PRESA

Publicado por: JB Xavier
Data: 01/09/2006
Classificação de conteúdo: seguro

Créditos

Título:Versos Livres Para Uma Musa Presa Autor:Nelson de Medeiros Voz:J.B.Xavier Música:El Sueño-Midi Produção e edição de som:J.B.Xavier
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VERSOS LIVRES PARA UMA MUSA PRESA
Nelson de Medeiros


Foi nesta praia, numa tarde amena,
Cheia de encantos, e sutis belezas,
Que esvoaçante, qual gentil falena,
Tu me juraste teu amor eterno.

O mar trazia deslumbrantes cantos
Que ressoavam acolhedoras liras,
Eram teus versos, de sutis encantos,
Saudades só, que ao triste bardo inspiras.

O vento fresco balançava as flores,
Que indiferentes, perfumavam os ares,
As ondas vinham nos lembrar frescores
Acalentando sonhos milenares...

Foi um minuto, uma existência inteira,
Que eternizou uma paixão infinda,
E essa magia da impressão primeira,
Inda acalenta essa saudade linda.

E eu te vi como te vi na origem,
Por entre estrelas,habitando o céu.
Eras do Olimpo a mais perfeita virgem,
Que eu, perdido, procurava ao léu.

É nesta praia, nesta tarde amena,
Que esta saudade, qual gentil falena,
Traz-me teus versos, evolando flores...
E entre tantas, diz a rosa em segredo:

"Vem poeta, me colher deste degredo,
Para perfumar o jardim de nossas dores."

* * *
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E foi assim, amigo Nelson, que certo dia, conduzido por teus versos, viajei por uma praia distante, existente em algum lugar de minha alma. Lá, pude caminhar entre gentis falenas, enquanto o amor, evolando flores, chorava a felicidade perdida da musa que se foi...

Absolutamente divino!!

Amigo, Nelson.
Tenho seguido emocionado tuas publicações, porque és, em minha opinião, um dos melhores poetas do Recanto. Teus versos têm alma, substância, e acima de tudo, são honestos, porque trazem tua essência neles impregnada. Neles te desnudas, e aos olhos mais atentos, àqueles que não apenas te lêem, mas que mergulham em teus sonhos, reservas mundos inebriantes e fantásticas viagens ao país da emoção.

Quem conhece a arte de poetar, quem já sentiu o impulso irrefreável de colher as lágrimas que transbordam da taça da vida, sejam de alegrias, sejam de tristezas, quem consegue apanhá-las com a delicadeza das asas de uma borboleta para transformá-las em versos que reflitam o momento desse transbordamento, sabe o quanto custa transformar emoção em diamantes de poemas, que para sempre disponíveis, haverão de emocionar, através das eras, a todos aqueles que se dispuserem a decodificá-los nas emoções que lhes deram origem.

Sou teu admirador, amigo Nelson, teu grande admirador, porque posso sentir o pulsar da tua emoção em cada uma das palavras que compõe teus maravilhosos versos. Posso passear por teu universo enquanto navego em teus poemas, porque neles estão descortinadas todas as nuances do multicolorido painel das tuas emoções. Posso sentir teus encontros e reencontros, tuas dúvidas e certezas, teus medos e glórias, tuas chegadas e partidas. Neles encontro-me comigo mesmo muitas vezes, quando o trilhar da minha emoção segue o caminho que me apontas. E ao seguir na direção do teu sentir, posso, muitas vezes, ver refletidas nas nuvens dos sonhos, todas as tuas aspirações, quimeras, sensações e esperas, como esta maravilhosa viagem a uma praia distante, onde uma rosa me convida a perfumar o jardim das minhas dores.

Minha homenagem a ti, amigo poeta!

J.B.Xavier

27-08-2006
JB Xavier
Enviado por JB Xavier em 01/09/2006
Reeditado em 16/01/2011
Código do texto: T230104
Classificação de conteúdo: seguro