Meu amor, minha tortura...

Cuja ausência me queima o corpo e a alma...

Depois da minha morte, eu te juro que voarei...

Para além destes montes e destas montanhas...

Eu te encontrarei para que enfim

Nós possamos nos amar, e secar as nossas lágrimas...

E tu compreenderás,

O quanto sofri com a tua eterna ausência...

Tu renascerás em mim,

Fiel a esta imagem que tu inventas...

Eu desvendarei a tua verdade profunda,

Para que tu possas enfim me abraçar sem nenhuma vergonha...

Tu te abandonarás enfim a mim,

E te aconchegarás nos meus braços...

Eu, cujo amor te fez tanto medo,

Ninar-te-ei até a aurora do novo dia...

Banhados no crepúsculo,

Nós nos transformaremos num único ser imaterial...

E no coração de um halo de mil reflexos,

Encontraremos-nos no mar da tranqüilidade...

Um dia talvez tu leias estas palavras,

Que são ás únicas testemunhas do nosso drama.

Então eu enfrentarei a cólera dos deuses,

E te encontrarei, esperando na entrada do céu...

Tu, minha grande dor,

Nós nos reencontraremos, bem antes da última hora...

Tu, meu amor, minha tortura...

Nós não nos separemos mais, eu te juro...

A T...

Poésie affichée sur la Croix de Colomban (près de Thônes - 1691m)

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