Esta poesia é um grito social e uma homenagem ao jovem trabalhador David Santos de Souza, o qual foi atropelado às 05:30 da madrugada do Domingo 10 de Março de 2013, quando trafegava com sua bicicleta na "ciclofaixa" da Avenida Paulista a caminho do trabalho, nesse atropelamento ele perdeu o seu braço direito, o qual ficou preso no para-brisa do carro. O atropelador em um ato anticristão fugiu do local sem prestar socorro e "livrou-se" do braço de David, jogando-o em um córrego da cidade de São Paulo, esse ato negou ao jovem a possibilidade de ter seu braço reimplantado. O motorista estava embriagado e acabara de sair de uma "balada".
Além do seu grande exemplo em usar a bicicleta como meio de transporte para trabalhar, de superar toda a dor sofrida e encarar a adaptação à nova vida com otimismo, David teve a nobreza de perdoar o seu atropelador, sem entretanto deixar de clamar por justiça.
Fica aqui também registrada a divinal interferência do "anjo urbano" Tiago, o qual socorreu David naquele momento e fez tudo o que devia ser feito para que ele sobrevivesse.
Essa poesia é também uma apologia ao uso da bicicleta como meio viável de transporte, pelo seu uso para o esporte e para o lazer. Menos carros e mais bicicletas. Menos imprudência e mais respeito.
Brindo o povo paulistano que faz de São Paulo "a cidade que não dorme e que não para".
Vídeos:
Reportagem do atropelamento
Perdão de David
(1) - da música "Mar de Gente" de "O Rappa".