Ah, que lindinhas essas pombinhas cinzentas
E que graça tem ao se alimentarem também
O farelo amarelo esvoaça todinho, marrentas
E se gasta pouquinho, apenas vintém
Os ovinhos abundam, minúsculos e pintadinhos
Saborosos enfeitam nossos pratos à mesa
E não são ciumentas, presenteiam devagarinho
Quietinhas na mão, dedicadas a beleza...
Servis criaturinhas de Deus
Tão desconhecidas até
Apertadas e adoradas em camafeus
Delicadinhas a pé...
Pouco alçam voo
Mas seus pulos dão enjoo
De bom sentido, divertidos
Aguçando meus sentidos
Não pelo alimento que brota ou dou
Mas pelo carinho campeiro de menino que restou...