Saudações eternas
a Santa Catarina
que terra mais linda
de minhas novelas
particular pequenina
de sombras tão belas
me causa estranheza
o desolo das pedras
Desejo que aquela foto
Sim, aquela minha, só minha
esteja na mão do torto
ou daquele que assim a mereça
e saiba do tolo maroto
que a vela assim permaneça
Assim de sorriso limpo
escondendo a carcaça do amor
agradeço pleno conforto
o dom que tenho passo sem dor
Saúdo o selo que aqui me estampa
remetendo os versos do louro sagrado
o velho cansado que corta e ressona
mais um suspiro longo de manto suado
Recordo o desejo mais íntimo
no Rio que abre os braços aos céus
e verseja enfim este ninho
que cobre os meus lábios de mel
Surto agora e ainda não vejo
entregue a fita no entorno das curvas
lá na mira benfazejo
onde eu possa tocar o mar pelas tumbas
ou o fim do regresso fresco
à origem trôpega do afresco...