Atrás dessa casca dura, vive um coração, alma pequenina...
Um batimento diminuído de sofreres evidentes...
Vieram como grandes e Greco presentes...
Dados pelas pessoas que mais amei desde menina.
Não me permito chorar mais por tê-los ganhado,
Mas a noite se adentra, e quando corta a luz solar neste hemisfério
Hoje e somente hoje, me vi em volta dos meus mistérios...
Tanta mágoa, tanto rancor, tudo por mim guardados...
Pertencentes a um arquivo existente e próprio.
Estão aqui, observado por minha intimidade
São marcas profundas na minha identidade
que faz ter por mim o pior dos sentimentos, ódio...
Ódio das palavras doces ditas a quem tirou minha inocência,
Ódio do respeito que me calou a quem me deu a vida...
Ódio deste meu silencio em busca de evidencias
Da perca de tudo em mim, e até o direito de ida.
Ódio daquilo que me machucava e eu permitia,
Ódio deste choro na madrugada em letras...
Medo, que eu não consiga dissolvê-lo em água.
Tornando poesia minhas marcas incontidas,
Fazendo das minhas dores, letras sofridas...
Letras minhas... esquecidas na matina.