Havia um espelho floridoEsquecido...atado às minhas costas E eu inerte... Em falas mortas Havia uma melodia em caixa escondida Anoitecida dentro de meus ouvidos E eu sem norte Surda em poros e sentidos Mas veio a mão acordada,desatada Sem dedos rodou a chave da corda (E eu quase morta) Foi quando ergueu-se a tampa E vi muitos sóis e mares Solei muitos palcos,patamares... E estiquei pernas e braços E bailei todos os passos ...E correu desembestado o tempo E esvaiu-se a força da volta... ...Ora mostro minha revolta Porque a chave Com força o tempo rodou Porque tanto sonho a mim proclamou... E retorna esta tampa Este espelho florido Esquecido.. Atado às minhas costas....