EU SOU FÃ DE BOTEQUIM

Reclamo ou mudo de bar

Exerço o meu direito

Eu quero tudo perfeito

E se puder... Ser encantado.

Garçons limpos, arrumados

Cerveja boa e gelada.

Só a conversa é fiada

Comigo sempre é assim.

Eu sou fã de botequim

E minha mesa é na calçada.

Minha mesa é na calçada

Eu sou parte da paisagem

Exerço a malandragem

Nas minhas horas de folga.

Uma coisa que me empolga

É um bom atendimento,

Um petisco suculento...

Um sorriso, uma atenção

Paga qualquer comissão.

Pode cobrar 10 por cento!

Me nego a pagar gorjeta

Se algo sério condene

Como falta de higiene

Ou de cerveja gelada.

Mas se ela vem ‘’mofada’’

Enevoada, assumida

E o Garçom na sua lida

Trata-me com atenção

Tem em retribuição

A gorjeta garantida.

Bêbado, rico, satisfeito

Eu distribuo gorjeta.

Chego a ferir a etiqueta

Inflacionando o mercado.

Quando não sou bem tratado

Ou algo me desaponta

Minha alegria desmonta

Fico de cabeça quente

Reclamo ao maitre, ao gerente

E peço: Um café e a conta! (Celso Cruz)