Quando o dia se extingue, nas sombras da noite
Num silêncio terno, e uma brisa toca o teu rosto
Não vês a chama de um fogo que cintila?
E não ouves o meu apelo nos teus sonhos?
Velando o teu sono, as brasas do meu coração,
Lampejam perto de ti, te adorando em silêncio,
E algumas vezes o teu nome, num sussurro ardente
Vem acariciar o teu rosto, implorando a tua clemência.
Reflita sobre a minha triste sorte,
E reflita sobre o meu amor,
Pois mesmo o adeus, a morte ou os anos,
Não extinguirão este braseiro, que queima como um forno
E não separarão jamais o nosso destino.
Quando na tumba, enfim, o meu corpo repousar,
Destroçado pela dor, debaixo de uma laje úmida,
Meu espírito imortal, toda noite, depositará
Um doce beijo de amor na tua boca sensual.
Tristesse d’amour
Christian Cally