Em minha adâmica inocência
penso que:
o denominador comum
aos homens é a sensibilidade,
por isso encontro o mundo
nestas palavras,
e isso me faz crescer.
Pode ser uma acidentalidade,
mas o fato é que tenho escrito,
e isso me traz felicidade.
Escrever tem sido o começo.
Descubro que certas frases não têm preço.
Nada é tão rigoroso,
e as palavras até perdoam um tropeço.
Não importa se trazem verdade,
o que importa é que acendem
aquela chama em mim.
Vou procurando o ponto comum,
por vezes trôpego como um bebum,
por vezes reto como a ordem.
As linhas surgem,
e se não por um ponto final,
continuam sem fim.
Respirar, ler, escrever e orar.
Escrever tem me feito feliz.
Escrever é um alento.
São para mim,
instrumentos para a liberdade:
o papel, o pensamento
e o lápis.
(Poderão falar mal de mim. Poderão falar mal de meu livro, menos que ele não tenha "pé, nem cabeça", menos que ele não tenha "Começo", "Meio" e "Fim")