Paixão do prelúdio Desgraçado
Paixão inimiga da paz, ladra do sono
Droga mortífera da ilusão do homem
Dilacera na ausência dos beijos e dos abraços
E a calma surge no imaginário anestesiado pela morfina.
Morfina que se desprende da mente
Na louca estupidez de viver o inconcebível...
Paixão sangrenta...
Uma guerra em momento de trégua...
Onde o tudo se transforma em nada
Resumindo a dor em uma desafortunada entrega...
Amor que o tempo enterra...
Seca com a jovem que se torna velha...
Murcha, definha se desintegra...
Morre... Apaga-se como as chamas de uma fornalha.
Passada a aurora da vida
Nem Helena de Troia há de ser desejada...
Paixão vivida...
Prende o coração no desejo...
Anula-se o homem em suas vontades e em seus medos...
Não tem sabor de maçã...É um temperado destempero.
Paixão assassina...
vem com a fúria de um furacão
acaba em uma fraca brisa... Deixa tudo destruído
E torna-se a vida, apenas uma triste sina...
Paixão que não existe... Paixão que alucina...
Um manifesto do homem sem amor
desejoso em sua vaidade de se ver existindo em outro esplendor...
E pela paixão, vulgo dos que não conhecem a paz de amar
fenece o enamorado...
Ferido...sozinho...em dor crucificado.
Custos Morum