O Viajor
Num dia, a boca da noite,
destas de cores magistrais,
virá um ordenança,
com olhos de criança,
e manto de vestais...
Em riste erguerá
alto, suas mãos ancestrais,
dirá, venha óh! Condenado,
trago pra ti o que é chegado,
o teu, entre tantos dias fatais!
E esmorecido na tarde fria,
não atino estas verdades tais.
Serei depois um mensageiro,
que levado, agora prisioneiro,
a outros farei cessar seus ais...?
É feita a voz da morte,
do eco dos sinos das catedrais,
o ultimo e ato derradeiro,
o instante mais verdadeiro,
quem vê-lo, não o verá jamais!
Malgaxe