É cinza
Tal vasto horizonte na fronte da vida
É triste
Cada pedra atirada, cada dor sofrida
É breu
O profundo poço no íntimo da alma
É ré
A dor que se faz nas linhas da palma
É dor
A tempestade desfazendo o arco-íris
É solidão
Os lampejos do céu, nas íris infelizes
É frio
A Cada palmo deste chão já escavado
É silêncio
Cada cântico de vida que jaz entoado
É nada
Cada verso escrito n’alma consumada
É pranto
Cada lembrança no coração, guardada.
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Giovanni Pelluzzi
São João Del Rei, 20 de junho de 2012.