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“Vai e diz ao mundo que você está certo...”.
(Raul Seixas).
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“Enquanto houver burguesia, não vai haver poesia.”.
(Cazuza).
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Vencido pela solidão e pelo cansaço,
o poeta dorme... Dormindo, ele sonha,
ouvindo seu coração em descompasso,
numa festa disforme, ruindo enfadonha...
A solidão o acompanha, além do mundo
do sonho tridimensional... Não há musa decente
na multidão que se assanha em profundo
e risonho festival e se lambuza de “aguardente”...
Inconsolado com a pura banalidade
da festa que viu ao sonhar,
e engajado numa madura realidade,
o poeta preferiu acordar...
Paulo Marcelo Braga
Belém, ABRIL DE 2005