“TALISMÔ.
(Soneto).
Há dias em que saudoso
Recordo-me a primavera,
Tão inocente que eu era
Vem-me um suspiro gostoso.
Aquele menino orgulhoso
Que não tolerava espera,
Voltar no tempo, ai quem dera!
Pois o tempo é caprichoso.
Quando no mês de agosto
Em que a flor já temporã,
O lusco-fusco sol posto.
A brisa fria em meu rosto
Beija-flor meu talismã,
Da maçã, aroma e gosto.