Degusto-te, ó, gloriosa aurora
Que nas manhãs, em neblina, canta amor!
Faça-me ser que em ti se aflora
Nos brilhos refletidos neste teu esplendor.
Luas, sóis, girassóis em teu chão
Nascem da força que permite teu fulgir
E, laças o ímpeto no vasto clarão,
Fazendo-me banhar no teu colo, a sorrir.
Reluza e se traduza pelos riachos
E se faça florescer na alquimia dos jardins,
Onde flores adornam teus fachos
E sentinelas colorem até aos teus confins.
Viso-te nos mananciais do tempo,
Nos libertos ribeiros fluindo tua quimera
E, pela clareza do teu firmamento,
Abrem-se os lençóis de eterna primavera.
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Giovanni Pelluzzi
São João Del Rei, 03 de junho de 2012.