Quero claro entender
e ver. E rir.
Digam à lua-nova
que parta,
que mude de quarto,
que se vá embora.
Quero luar!
Quero ver a minha sombra,
que pouco mais há de mim
que sombra,
no pó da estrada.
Digam ao sol que venha
e me devolva minha sombra
e venha semear as cores,
pintar a vida;
que eu ainda
amo e vejo e quero
e oiço e calo, o que dói tanto!
O rio da vida
ri que ri,
corre que corre...
E eu esperando!