VESTAL
Não há razão alguma para me fazeres presente
Mas agora estando eu presente...
Por favor, faze-me!
Dá-me da graça a impressão ausente
Destrói-me toda a engenhosa farsa
Cai aos meus pés como túnica leve
Rompe este inexistente laço que te ata
E busca no embrulho reluzente
o doce encanto que tu resguardas
Que o presente, doce oferenda
Guarde o perfume pelos tempos vindos
Que o renascer seja a herança
concretizada nas tramas de um tecido
E como Vestal fulgurante,eu surja
Encarnada num deslumbrante vestido!