CACHOEIRA DE PAULO AFONSO.
FOI CAMPIÃ DE BELEZA
A CACHOEIRA NO PASSADO
SEM O POVO OBSTINADO
CORRENDO ATRÁS DE RIQUEZA.
QUANDO ERA A NATUREZA
QUEM CONTROLAVA O MORMAÇO
O VENTO DAVA UM ABRAÇO
NAS ÁGUAS DA CACHOEIRA
RECONDUZINDO A POEIRA
PRA BORRIFAR O ESPAÇO.
AQUELE ARCO-CELESTE
SOBRE O BOJO DA CASCATA
BEIJANDO OS SEIOS DA MATA
GLORIFICAVA O NORDESTE.
O CÂNION HOJE SE VESTE
COM UMA TRISTONHA MANTA
A CACHOEIRA NÃO CANTA
PELAS BOCAS DE GRANITO
E TEM ATÉ HOJE UM GRITO
SUFOCADO NA GARGANTA.