Num tripé ao fogo de chão
Choraminga na brasa um tronco
E da cuia ouve-se o ronco
Que se perde no galpão
Galopa a sombra do quera
Aos clarões da labareda xomica
E uma saudade se achica
Num rancho quase tapera
A madrugada fria se alonga
Que até a alma se congela
E o mate desce na goela
Suave como uma milonga
Segura o cabo da cambona
Como quem sujeita um laço
Sem fraquejar ao timbronaço
De uma paixão redomona
Amargo é o gosto da vida
Quando o tempo que se esvaia,
Emparelhando na raia,
Numa parada te envida
Nesta xucra rebeldia
De não te entregar a existência
Só as tuas reminicências
Vem te fazer companhia