Era o céu de azul tingido,
e o velho mar entardecido,
dividindo a mesma aquarela,
divagavam o porque do vento,
as vezes em seu desalento,
rasga da jangada a vela...
Quem sabe o ciúme entristece,
e o tempo, o vento embrutece,
à margem do céu e do mar...
Talvez uma outra alma,
vagando na tarde calma,
o triste vento poderia amar...
E se encanta apesar de tudo,
a tarde em sorriso mudo,
do idílio entre o mar e céu,
e se retirando em pranto,
o vento veste o manto,
do crepúsculo da cor do mel...
Amanhã numa noite que finda,
solitário e triste ainda,
possa abreviar sua jornada,
e então lançando o olhar,
sua felicidade buscar,
na serena e fria madrugada!