A Missiva

Publicado por: Adam Poth
Data: 22/02/2012
Classificação de conteúdo: seguro

Créditos

Áudio/Voz: Leonardo Adam Poth Conversão: Jodix.
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.

A Missiva (08-02-2011)

Um ano da escrita deste poema...

Ela leve assim todos os desejos impuros

Só assim desejar aos dias que me restam

E aquelas guardadas que poucos consolam

Foram elas, as missivas, epístolas dos santos

Que confortaram o seio daquele que me abraçou

A fria carta singela que clamava por amor

Que só queria ouvir e ouvir, todavia era surda

Proclamando acordos, conclaves, vitrais de anjos

Daquilo que sempre quis para mim...

São almas que assim comunicam a vontade de Deus

Que nos permite ao clamor de recebê-la

Intrigar ao intimo o desejo intrínseco

De atrair as favas das obscenidades mentais

Ao resgate dos dias que me foram

E jamais terão o gosto e a raiz de prosseguir...

As missivas nunca morrem, que consolo

O que morre é nosso íntimo e contrassenso sentido

Do perdão divino que redime a nós mesmos

Desta fleuma que incomoda inercialmente

Ou que ofusca tão belas linhas de outrora

Quero apenas recordar o carinho e o dia

Que este afago verdadeiro redimiu meu ser

Disparo esta, são sempre missivas

Em mais uma angustia estampada

Daquelas que são cálidas pois reavivam

Sentimentos escusos, sombrios

As missivas são covardes

Retratam a ideia de não desfazer do acaso

Ou da lembrança da fraca memória humana

Que teima em lograr a razão

Disfarçada de negro nos dias chuvosos

De apegos guardados, empoeirados

Da essência do sentido real

Se é que o mesmo ainda existe...

Só sei que elas, as missivas

Estão aqui mais uma vez

Assombram, denotam, suspiram e guardam

Aquela vida medida de tempos atrás

Só agora sabemos o tamanho, o valor

Da paixão incontida, secreta em caixa pequena

Eu só queria esclarecer em tuas linhas

As vergonhas e síndromes que já vencemos

Os dragões e serpentes que engolimos

E o brilho rutilar das aguas que sorvemos...

São elas que abrasam e criam dicotomias

Das certezas tripartites da cruz do alvorecer

Que chora devagar, tênue e permissiva

Com espírito radiante e sedento de assunção

Que podeis ser vós

Até o trágico destruir desta missiva?

Adam Poth
Enviado por Adam Poth em 09/02/2012
Código do texto: T3488306
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.