Entende-se a esta vista proseada
Empinando a sua própria palavra,
Conspirada além deste sol
Nas curvas métricas do anzol.
Inalteradas soberbas da vida alheia
Nutricionando uma inerte viela inteira,
Na insípida modéstia prisioneira
Faz-se improvisando a sua cordilheira.
Medidas de uma palavra morta
Rugem aos sóis desta libertinagem,
Subtraindo o alvorecer da imagem
Mundo paradoxal enrolado
Imprevisível sentimento armado,
Naquilo que nada se suporta.
Instrumento acentuado em alto prazer
Sem palavras, sem fios de prazer.
Somente o começo se tem por viver.
Cresce a volúpia palavra imponente
Deserdada de sua própria vida,
Simplesmente não sobrevivida
Outrora a si mesmo se faz ausente.