Sigo pela trilha conhecida, onde todos os dias meus passos seguem devagar, em direção à linha do horizonte que acolhe o sol, que brilhou forte e muito quente o dia todo.
Vou pensando em mim, em tudo que me rodeia, sabendo que mesmo conhecendo o caminho em todos os detalhes sempre encontrarei algo que possa ter passado despercebido no ontem. Vem aquela vontade enorme de cantar junto aos passarinhos que ficam abrigados entre ramas de plantas ou em abraçar o vento companheiro de todas as horas, mas aquieto a voz para que o momento fique no mesmo sossego que me fascina. Vejo nesse estrada vazia sempre um aceno de esperança, um alento dizendo que nunca estou ali sem companhia, porque Deus vai caminhando a meu lado. Pressinto isso no farfalhar de folhas, no perfume que a natureza semi adormecida exala, nas nuvens que se movem formando imagens.
Romantica que sou, imagino que alguem vai comigo, sinto a presença de algo maior. A minha sombra segue-me, apagando-se aos poucos, mostrando que embora eu esteja sozinha, em total calmaria, algo poderei encontrar quando chegar a noitinha. Creio que sim, esta inspiraçao frente ao crepusculo, este desejo de cantar, o que faço , cantando ao vento uma melodia mesmo desafinada, cujos brados esparramam-se pelos reconditos da paisagem, reverberando os toques de meu coraçao junto a Hora do Angelus. Rezo a Ave Maria...peço para que todos tenham paz e saude. Sou feliz,de novo, sinto a alma tranquila...sigo o caminho sem pressa .
Encontrei o luar.
10/02/12
Texto simples usado para aula de Musicoterapia,ali falada na terceira pessoa do singular ou plural, substituindo naturalmente o EU por ELE/ELA(S) etc.., verbos e tudo mais, ou VOCE quando se trata de meditar junto a uma pessoa apenas.