Tempestade
Jorge Linhaça
Ondas bravias que tolhem-me a alma
Qual grande sopro de um furacão
O expelir da lava do vulcão
Que em meus versos agora se espalma
Quisera eu ir por água mais calma
Numa bonança pela imensidão
Mas sopra o vento e vem o tufão
Fogem-me os versos perdidos no trauma
Dentre as vagas que hoje me encobrem
Inda posso ver a luz dum farol
Piscando ao longe mostrando o caminho
Enquanto as ondas me descem e sobem
Sinto a falta do calor do sol
Sinto na pele o ardor dos espinhos
Salvador, 14 de janeiro de 2012