Ao sol, sonhar.
Sentou comigo ao sol de um entardecer,
a poesia serena pra falar de amor,
entre tragos de rimas antes do anoitecer,
falamos da vida, do perfume, da flor.
Num olhar relançado além do luar,
os versos choravam os viços perdidos,
e com vontade criança ousavam buscar,
de volta ao hoje, poemas esquecidos!
Talvez nas solidões das tardes minhas,
revolva a pena, traços que eu esqueci,
e entre um gole e outro nas entrelinhas,
a ternura numa forma que nunca escrevi.
Quem sabe em alguma tarde assim,
a loucura resuma o que é amar,
o que é mesclar amor e poesia em mim,
se é deste mundo este insano sonhar!
Malgaxe