Velha cadeira
Cadeira que guarda meus segredos,
Testemunha de vários poemas
Minha amiga
Em meus momentos de solidão...
Cadeira,
Minha velha cadeira
Que existe antes mesmo de eu nascer
Cadeira que foi abandonada pelo tempo
E que a encontrei
Se tivesse vida,
Diria que estaria triste...
Te reformei
Alguns remendos fiz
Dei-lhe uma cor alegre
Um estofado novo
E é com você que confabulo
Sobre minhas vindas e idas.
Parece loucura,
Mas você velha cadeira
Faz parte de minha história de vida...
Engraçado
Que muita das vezes,
Sento-me ao chão
E te uso como se mesa fosse
E quando quero namorar o luar
É você que me serve de assento.
Sei que um dia terei de me desfazer de você,
Mas ficará registrada em minha memória
O quanto de it precisei
E o quanto foste útil a mim...
Que todos tivessem uma velha cadeira
Para poder poetizar,
Para poder nela sentar namorar o luar,
Para seus segredos guardar...
Eddyr o Guerreiro
Apenas um catador de letras e formador de palavras
4ª feira de 02 de Janeiro de 1974
Estado DA Guanabara – RJ.
guerreiro.jpa@gmail.com