Entrou sem pedir licença
Arrebatando o norte e o sul
Do corpo temente ao pecado
Deixando-o conspurcado e nu
Apto às luxúrias do tão desejado
Ato de rasgar incomuns entranhas
Sugando delas a delicada inocência
Fluída em espasmos deveras violentos
Alimento retirado ante a crua inclemência
D'um homem predador que chegou com o vento
E com a brisa partiu, deixando naquela mulher o vazio
Por ter provado o sabor devasso que lhe era desconhecido.
(Lúcia Paes Leme)
Levou-a aos suores
De muita devassidão,
Devassidão dos amores,
Que suaram sal e paixão.
Deu-lhe um prazer imenso,
Que derramou gozos irreais.
Dela, tirou todo o senso,
Todo o senso e muito mais!
Deixando-lhe o delicioso gosto do prazer,
Que acabara de conhecer.
Mas, também, o gosto amargo do vazio
Após aguçar-lhe o desejo do cio.
(Jeronimo Madureira)
06/12/2011.