É, pois este canto meu cristal mais molhado... Um canto não nomeado
Como no escuro fosse mergulhado
Um momento congelado...
Dum longínquo tom violáceo incrustado..
É pois o que sinto tristeza não escolhida
Que fica em meu olho escondida
E não há riso que possa levar meu pranto
E não há pranto que leve esta estranha beleza
E não há beleza que encante meu canto
Meu desencanto...
Habita meu peito o mais genuíno lamento
E nele coabita esta única certeza
O que aflige e acalma estranhamente meu pensamento
É pois este lamento meu momento mais sufocado
No contido verso embrulhado
Em silêncio deitado
Em som mudo,apertado...
É minha vontade de uma absurda leveza
E se m'escondo em meu verso, é esta minha defesa