A POESIA - PAULO ÁVILA

Publicado por: Madalena Gomes
Data: 20/09/2011

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A POESIA - PAULO ÁVILA VOZ - MADALENA GOMES MÚS. (INSTRUMENTAIS - CD)
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A POESIA - PAULO ÁVILA

Não cabem nestes versos ternos,

áridas palavras

Fica o abismo de palavras ásperas

no uso destes registros sonhados,

trespassadas de não

No fundo,

o poema escuta silente tristeza

oculta na mordaça da mudez sufocante

Do poema emana a brisa

que sente o som da tarde, que ouve

o que cantamos

Um verso que não se escreva,

nem se sinta, mergulha no limbo do fim

e na máscara do nada

O poeta lapida a palavra no granito

e entrega à sina impregnada

de delírios e metáforas que se fundem

carregadas de amor

O poeta não termina seu poema,

simplesmente interrompe,

porque outros poemas nascerão,

já que o amor se desnuda nos seus dedos

e o amor não tem definição,

é cravo, rosas, espinhos, espelho de vidas,

invólucro de sentimentos.

Madalena Gomes
Enviado por Madalena Gomes em 20/09/2011
Código do texto: T3231263
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