Este meu grito calado,
pela vida que sofreu…
Foi um som silenciado,
porque o homem, não viveu.
Houve luta sem amor
e poemas sem beleza.
Olhar o céu era dor.
Os dias… uma tristeza.
A vida por mim passou…
Gritei de raiva contida,
este ser que nunca amou.
Arvore seca perdida!
O milagre aconteceu,
das cinzas foi renascida.
Gritou forte e lhe deu,
o sonho de nova vida.
A deusa escreveu no mar,
seu amor, sua loucura…
Seu desejo de beijar,
de me dar sua ternura.
E o poeta gritou!
Quero asas e voar…
O meu tempo já parou,
no meu sonho de amar.
Grito agora no poema,
o meu tempo de alegria.
Amo de forma serena,
a mulher que eu queria.
Mudei a vida… verdade!
Mas foi Deus que assim o quis.
Embora tenha Saudade,
finalmente sou feliz.
13 de Setembro de 2011