Olho pela janela, o mundo se estende
Num horizonte dentro de mim.
A paz que me toma é a paz da morte
Fria e vazia.
A vida alimenta a dor
Na loucura de esperar por um momento
Ainda que este momento beba
De uma fonte tão distante.
Mas a alma é inconstante
E eu creio assim. Pobre de mim
Abraçado a esperança solidária
Que transborda o cálice amargo
De um amor desencontrado
E uma felicidade visionária.