OBSESSÃO
O poeta vê no crepúsculo seu opúsculo se perder
Arrogante se crê grande!
Mergulha no vernáculo para romper o obstáculo
e ver sua obra vencer!
Quer a palavra exata
a que revela o talento
Das formas inexpressivas ele quer estar isento
Nas profundezas do ser, em regiões abissais
vai em busca da expressão que o aflige e o inflama:
- indaga aos sábios de juízo arbítrio
- interroga os grámáticos e suas normas sintáticas
(rasteja aos pés da semântica)
Invade a Física Quântica!
Extenuando a desgraça...esgarça sua Natureza Humana!
Ao vê-lo em agonia, perdido na obsessão
um homem irreverente, desses na vida, pingentes
os que a sorte não bafejou...grita-lhe sarcástico:
- Em verdade, o que buscaste em toda parte , pobre vate!
É ARTE!