Ai de mim, que desejo; que me lanço
ao oculto de todas as distâncias.
Ai de mim que te anseio e não alcanço;
ai de mim, todo dúvidas e ânsias.
Ai de mim, que me faço teu descanso
e que avanço nas tuas reentrâncias.
Ai de mim, teu menino, terno e manso,
te aguardando no ‘hall’ das circunstâncias.
Ai de mim, dos suspiros... ai dos ais
Que me inundam no gozo do egoísta
e me invadem pedindo muito mais...
Ai de ti, tão sem mim... mas não resista.
Pois o mar do teu quadro sem meu cais
É galão de vitória sem conquista...
Pirapora-MG, 28 de maio de 2007 – 11h10min