Ruirá na ardósia, o inverno de mansas mãos
em asas pálidas de esperas dum ar ambulante
a oscilar entre avulsos suspiros, brancos vãos
o meu querer a sombra - um voo inquietante!
Fico em mim, fora dos músculos em sol deliberado
numa embriaguez perfeita...tal sentir espreguiçado,
Nome que esculpe os céus - seus altares apaixonantes,
Dobra em meu peito a voz de crepúsculo em ouro viciante
Íntimo rumor na despedida, a certeza do final
a borboleta perdida no meio do vendaval;
Era a minh'alma, dobrada, numa haste inclinada
numa noite apressada, em rosa encarnada
um dia tão lento - uma descrença total!
Vertigem - perdura uma calma de espanto - o chão
vaga imobilidade entre a folhagem -sussurrando escuridão
viver absorto, na luz assombrada - sendo-te solidão
Quem és tu, que me roubaste a paz, a vida e o coração?