Tão mar todavia sempre solitário
distante de tudo - sempre - de si mesmo!
Mil feridas abertas a cada instante
pulsa-te o coração e não o sente...
Quem tu sempre há de amar?
Nem me sentes, ao escutar os gritos doloridos,
lhe beijo até, e, às vezes, teus gemidos
ninguém conhece os teus fundos abismos;
Na cólera do Mar, pesa a sua Indiferença
Deserto de aguas sem fim.
Quando me guardas a mim?...
Eu afastei-me mais triste,
Ao longe o Sol na agonia
De roxo (a solidão) as aguas tingia.
Deixei gemer - meus segredos (amor) - ao vento
deixei minhas pegadas - um adeus - meu juramento
amar-te-ei a cada dia, muito além do próprio tempo,
a ti minha saudade, tal amor por sentimento.