Pequenos pedaços que revelam o brilho do fundo da retina dos inocentes de alma...
Fragmentos soltos à espera do colecionador paciente que os lapida com suas ferramentas sabiamente
Pedaços que oferecem lembranças de algo que nem foi vivido, mas provocam momentos de torpor e calma
Resquícios de imagens que instigam e encenam atos sensuais que nos levam do paraíso ao calabouço indecentemente
Mostro-lhe o sorriso pleno e oculto-lhe a menta do hálito
Desvendo meus sonhos e meneio meus segredos com véus de seda
Sussurro meus versos em seus ouvidos e escandalizo-o com meus contos tácitos
Caminho de mãos dadas nas brancas nuvens e te solto nas diversas veredas...
Meus olhos entre os cabelos desalinhados
Buscam e saboreiam seus anseios e desejos
O sorriso convida – Vem! Faça de mim seu aprendizado
E entre os abraços e carinhos te cubro de beijos
Seja então meu tudo e meu nada
Do menino que se entrega à vida insana
Ao homem que governa minha morada
E me revelo... menina santa e mulher profana!