AMOR EM FLORES 2
Espero com incontrolável ansiedade
Tua chegada ao local, que pela vez primeira,
Estar e expor seriam, um ao outro, a intensidade
Da forma, do olhar, do rubor da face inteira;
Do modo que te farei receber as flores,
Que se interpõem agora entre o meu corpo e o teu,
Imaginado nos minutos sem sabores
E nas incertezas do “o que” e “a quem” prometeu,
Compelido, olho para elas, flores que murcham,
Como a prenunciar que essa espera já está longa,
(Que ela irá dar uma desculpa que discursam
Por todo canto que encontro fizer delonga...)
Mas as flores, ao olhar fixo, sem viço, pulsam,
Quando ouço “– Assim, qualquer espera se prolonga...”