Este povo sentiu.
A terra tremeu.
O mar avançou,
negro e fero se viu;
A morte aconteceu
e assim… Tudo acabou!
A casa foi arrancada do chão.
O barco que foi tirado do mar.
O país lindo que é o Japão,
lhe resta os mortos, para contar...
Uma vida inteira a trabalhar,
a cruel vaga que tudo levou;
Fica triste e vazio o seu olhar,
contemplando apenas, o que restou.
Rola a lágrima que molha a dor;
Seu filho em posição desconforme,
vitima inocente deste horror,
não mais vai viver… ele apenas dorme.
A mulher que foi seu ninho de amor,
que era sua alegria e vida.
Jaz triste suja… e sem calor…
Nos destroços da casa, já perdida.
Mais um monstro terrível se levanta,
é mais uma dor que vai começar.
Invisível fantasma que os espanta,
na hora da explosão nuclear…
Que lhe resta nesta vida agora?
No horizonte é só destruição…
Repara então que chegou a hora,
dizer sim ao apelo da nação.
Este povo de trabalho e luta,
que na desgraça e morte não se abate.
Cantarei, que a coragem executa
e a nação precisa de seu combate.
Erguem os braços e querem lutar,
nobreza e coragem no coração.
É povo, sem medo de trabalhar
sua vida… sua amada nação.
Portugal
15 de Março de 2011