Rasuras no papel (Parte III)
Como no desastre da vida
rejuntas o lixo espalhado,
como a estrela caída
espalhas o mundo lavrado.
Apenas um instante do tempo
que o segredo se revelará,
no seu intento ao momento
sua magia polida secará.
Descendo nessa ladeira
na noite mais instruída,
esquecendo o vento da alma
sua luz se apaga na saída.
Separando o mundo dessa maldade
maldade impura e toda descrente,
com essa alienação da realidade
seu altruísmo se domina a mente.
Mente em repulsivas ilusões
ilusão que as deixa nua,
mente suposta dessa rasura
perante seus declínios invertebrados,
que assolam seu deserto nas alturas.