“POEMANDO COM OS ASTROS”.
(Poesia).
Maré calma ondas mansas
Que paz naquelas areias!
Até onde a vista alcança
Fim de tarde céu azul...
Vem a lua atrás das ondas
Estrelas enfeitam o manto
Exaltando aquele encanto
Vem um canto da sereia;
Onde o clarão da lua
Sobre a palha do coqueiro
Espalha a chuva de prata,
E se estende pela areia
Onde a onda mansa lava
As letras que lá estavam
Daquela linda poesia...
Que em minha mente eu gravava
Sozinho então recitava
Tendo em punho um violão;
Mais tarde uma linda canção
A plenos pulmões cantava,
Cantava para Deus e para a lua,
E mais ninguém me escutava.
O sereno ia caindo
Já chegando à madrugada;
Minhas vestes já molhadas
O violão ensopado...
Então o poeta cansado
Rende-se, e vai dormir;
Espera outra noite vir
Para compor novos poemas,
Com os seus sonhos, seus dilemas,
Para com os astros dividir.