Eu mesma já chorei, ao olhar para a lua e estrelas,
por um amor que nunca conheci e tenho saudades,
mas sei que existe, em algum lugar me esperando.
Acho que essa visão do universo que o olhar consegue alcançar,
mexe tanto com a gente, que nos remexe por dentro. Despertar.
Saudade de alguém que nunca se viu... Coisa de doido, não é?
Bom, penso que o coração, embora desobediente,
sabe mais que a razão, pois tem, nos seus motivos,
memórias inconscientes a que não tivemos acesso.
Talvez, essa longitude de uma beleza que se admira distante,
nas estrelas, faróis da noite e na lua, espelho luminoso do sol,
remonte-nos ao subconsciente adormecido, mas latente de nós.
Acredito que, se de repente, encontra-se essa pessoa,
a memória tem um clique e, ainda que não saiba como,
saberá que é ela, o amor a primeira, mas repetida vista.