FRAGILIDADES
No mundo dos sonhos ainda vives
fugindo com o dia,
sol na mão do ourives
Deito a cabeça para o descanso
esperando que chegues de manso
porque sei que vives nos sonhos
Quando vem o dia, que partes
parte de mim sucumbe em desastre
outra parte fica, essa humana
esperando que anoiteça
para que possa te encontar
no mundo das sombras
No mundo das máquinas, dos vivos
nao resistirias, nao sobreviverias
dado seres feita de tao frágil essência
que um simples sopro de gente
findaria com tua inocencia
Aí me tornaria aquilo que detesto
que é o homem vivo, cortês e vazio
econômico nos carinhos e amplo nos gestos
Assim te amo em silencio, coisa do crepúsculo
para que vivas em mim e eu em ti
sem sofrer, sem viver, sem músculo
Como soe a todo amor que se diz eterno