Iscuitei umha vois mi chamano
Paricida cavois do vento
Intonce ieu apricibi
Qui nun tava ventano
Maginei quera a natureza
Cheia Du seu lamento
Mode a sua tristeza
Dos istrago in todo momento
Mei drumino mei madornano
Sai crreno modevê quitava conteceno
Era um fogareu quemano
Tudo quera terreno
A bicharada mais Passarim
Tentano sarva a raça
Um vandaro de istopa acesa
Dançano e fazeno graça
Inrriba dos montes
Um mundareu tudo fumaçado
Num inchergava mai adistante
Mode cu zoio tava imbaçado
Mai derrepente ieu acordei
Nadivê cu jeca tava era sonhano
Sinti líviado quando inchergeuei
Qui nun passava dingano
O icindiaro era o sor
Lembeno prurrida dos montes
Formano uma bilizura de arrebor
Crariano tudo quiera hurizonte
A fumaça purinha librina
Ispaiada pra tudo quera lado
Uns cavalos correno banano as crina
Os Passarim tudo moíado
Banhano nagua do rio
Cantano no mei da mata
Inqunto baruiava nus trio
O iscurrido duma cascata
Afinar ieu fiquei cun filicidade
Pru tê sunhado ca natureza
Pruque é iguar sardade
Arvêis machucada inda tem beleza
É assim cu jeca vai viveno
Sonhano no seu sertão
Pelejano mode defendê os piqueno
E carregano Deus nu curação
Um bração procêis tudu qui tem amô
Pela natureza
Essa fada qui Deus criô
Mode defendê a humanidade
Mai cumu toda Mãe
Vai infrentano essa dura realidade!