As minhas metades A metade de minh’alma é feliz Contempla o céu em primaveras A outra metade com a dor é aprendiz Acha-se ,perde-se nas esperas. Sou assim: Céu e inferno A metade do meu querer é grandiosa Como o mar em doce calmaria A outra metade e sofrer queixosa Como o por do sol que partia. Sou assim: Amor e ódio A metade de minha esperança é claridade Como as refegas de um vento bravio A outra metade é tristeza, imensidade No meio da tempestade surgiu. Sou assim: Esperança e fragilidade. A metade do meu viver é bendita Como a luz clareia o mundo A outra metade é maldita Circunda pelo beco imundo; Sou assim: Bênção e maldição A metade de meu amor é imensa Idílio de um querer sublime A outra metade é saudoso lamento Em martírios circunda o vão momento. Sou assim: Alegria e lamento Danço e sofro Caio e sorrio Sou tristeza e saciedade Sou a dupla face da felicidade.