" QUIMERA "
Sobre o criado apenas seu retrato.
Uma quimera empoeirada.
Lembrança doída, coração quebrado.
Impávido amor que virou um nada.
De lágrimas, que me torna, num inválido.
Não tenho fome, não tenho vida.
Sou um misto de desgosto e vago.
Sou a penumbra de sua partida.
Esquecido num canto, olhando o retrato.
E chorando... Com sua falta...
Sei que não volta, isto é fato.
E digiro a tristeza que me resta.
Engulo o choro, o ego, o amargo.
Digo adeus e lanço ao fogo, a quimera.
Soneto escrito no estilo que criei:
2 estrofes com sete versos.